terça-feira, 19 de agosto de 2008

o bolo e os biscuits

Há pouco mais de um ano, antes de ter muitas das idéias do meu casamento prontas em minha cabeça, eu fui a uma feira de noivas e vi a historinha do casal contada nos biscuits nos andares do bolo e achei a coisa mais lindaaaa.

Mas na minha cabeça, não sei porque, ficou que aquilo devia ser muito caro, e deixei pra lá.

No dia em que decidi que meu casamento seria caipira, sabia que meu bolo seria colorido. Eu e Mi pensamos em muitas formas de fazê-lo, sempre com muitos andares e colorido.

Um dia fui na casa da boleira e ele estava lá: meu bolo, com flores e glitter espelhado, mas com flores brancas.

Como havia decidido que meu vestido teria flores coloridas, assim escolhemos as cores do bolo, pra combinar.

No dia em que fui encomendar os biscuits de topo, estava decidida: queria uma noiva em cima de um jegue e um noivo puxando. Na realidade, uma das idéias não concretizadas foi entrar na casa em cima de um jegue, vestida d enoiva mesmo. Mas não deu, porque eu ficaria com cheiro de jegue, e minha cauda era enooorme (isso me frustrou um pouco mas achei sensato). Então o topo ia ter que ser assim.

Mas uma vez na casa da "biscuitzeira" Lu, Mi sugeriu que eu fizesse a historinha como uma surpresa pra meu noivo. E lá fomos nós.

Nossa história eu já postei aqui. Então fizemos a sequência: amigos na escola, bêbados com a garrafinha de tequila no dia em que ficamos a primeira vez e o topo, no casório. Como meu marido toca guitarra, então aproveitei pra colocar uma guitarrinha nas costas dele, que deu um toque junino-rock´n roll.

Ficou lindo, e os bonequinhos custaram muuuuito menos do que eu imaginei.





terça-feira, 12 de agosto de 2008

Dona flor e seus dois maridos

Abro mais um parêntese, para a segunda estrela da festa.

Só foi segunda porque a noiva tem que ser a primeira, né?

Bom, minha festa contou também com personagens folclóricos. Que eu me lembre agora, Johnny West, Indiana Jones, Lampião, Maria Bonita e Dona Flor pintaram por lá. Infelizmente meu foógrafo não os registrou todos, mas o parêntese foi mesmo pra Dona Flor - que arrumou dois maridos pra festa.

Minha mãe sabia que mãe da noiva só não pode sobressair mais que a noiva, mas queria arrasar.
Pensou em encarnar a Viúva Porcina, e um dia chegou da rua com todos as texturas vermelhas que achou: veludo, caça, renda, crepe, seda, lantejoulas e tudo mais. E decidiu que seu vestido ia ser um mostruário de loja de tecidos do interior.

O modelo ela sabia de cor, e seria um desbunde. Perdeu 4 quilos ara ficar perfeita em seu traje caipira-chique, e uma coisa posso dizer: ela foi o ícone que melhor traduziu o significado da expressão. Ela era A caipira-chique. Um toque de glamour, um toque de exagero, um toque de cafonice, e muito vermelho.

Quando ela me mostrou o vestido pronto eu não sabia o que dizer. Assustadoramente caipira-fashion-purpurinado. E ver minha mãe sentada bordando as lantejoulas, num esforço único para incorporar sua personagem, me inspirou.

Como o pai do noivo era falecido, quem a acompanharia seria o padrinho do noivo. Mas na intenção, de homenagear o irmãos, e para complementar a novela, optamos por ambos, entrando com ela, no mais glamouroso estilo Dona Flor e seus dois maridos.

Aí, na foto, a personagem em sua completude, adentrando a nave, na cerimônia:


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

padre que fala demais enche - e a gente tem que se vingar

nós, no altar

nós, com cara de vaca hindú

os fogos - a vingança está no sangue!!!

nós, rindo dos fogos

É um consenso geral.

Você pode ser católica apostólica romana, espírita, budista, evangélica, batista, testemunha de Jeová, mórmon, o que for. Convenhamos: padre que fala mais do que devia dá sono. É chato.

Lembro quando fomos fechar com nosso padre. Ele fez todo o patati-patatá que ia fazer no dia da cerimônia.

"Eu, Marla, aceito João, como meu legítimo esposo..."

E ele falava alto e freneticamente, como se estivesse diante do público, e nos pedia para repetir também freneticamente. E falava, e falava tanto, que João queria oferecer mais dinheiro, para ele falar menos. Mas eu não deixei, claro (até que seria uma boa idéia...)

Quando chegou no dia do casamento, parecia que o padre estava com sono, falava repuxaaaado.

Imagine você com bastante sono, comendo um alferes. Puuuuuuuuuuuuxa, e ele não vem. Boceja. Puuuuuuuuuuuuuuuuuuuxa e ele não vem.

A questão é que para os noivos é tão emocionante, que costuma passar muito rápido. Mas eu via, no desânimo das pessoas, que o padre se prolongou demais.

Ele falou sobre o casamento onde Jesus transformou a água em vinho, ajudando a salvar o prestígio da festa, a pedido de sua mãe, Maria, blá blá blá...

Ainda havíamos convidado um amigo espírita - doutrina mais próxima de ser uma "crença" nossa - para proferir algumas palavras. Não é que ele havia escolhido a mesma história?

Mas ele foi curto, falou que o vinho que proveio da trasnformação, foi a última bebida a ser servida e a melhor. E que assim deveria ser o casamento: melhor e mais agradável, com o passar dos anos, o aumento do amor e admiração mútuos...

Achei a mensagem linda, mas uma coisa da qual me vanglorio até hoje foi do toque genético de maldade que existe em minha família.

Xô explicar.

Certa feita minha mãe me contou, que quando se casou com meu pai, avisou ao padre que não se estendesse além de 15 minutos. O padre riu, e ela disse: "se você passar dos quinze minutos, haverá conseqüências".

Pois foi dito e certo. Há pouco menos de 40 anos atrás, um casamento presenciado pela alta sociedade baiana foi interrompido com sussurros de amor, embalados por aquela famosa música francesa onde a mulher, entre gemidos, murmura: "Jet´aime", em alto e bom som...

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Pois no meu casamento não tivemos a ousadia de fazer como minha mãe.

Eu não queria chocar.

Mas meu amado irmão mais velho providenciou um show pirotécnico prematuro.

Ao invés de aguardar até a festa, onde os convidados não estariam embaixo dos toldos e poderiam ver tudo com maior clareza, ele soltou os fogos beeeem no meio da cerimônia.

E aposto que ele escolheu as girândolas, porque tinham mais tiros do que luzes e cor. Foi praticamente um tiroteio em protesto ao falatório. E o noivo caipira sorria, sarcástico, ao ver o pader atônito com a agradável surpresa...

Meu casamento foi, realmente, fora de série...


Ps: preciso falar de dona flor e seus dois maridos...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

luz, câmera, trompetada, AÇÃO!!!

meu noivo caipira lindo e minha sogra-bandeirolas linda

minha bebê-florista

eu segurando o chororô e meu pai me segurando pra eu não entrar correndo


Bom, parei na trompetada.

Nunca tive o sonho dourado de entrar pela igreja vestida de branco, com a marcha nupcial tocando, blá blá blá. Acho que até já disse isso.

Mas adiei a "grande festa de minha vida" dos 15 anos para a formatura, da formatura para o casamento. Aí sobrou ele pra fazer a farrona.

E desde que decidi fazer a cerimônia não podia ouvir uma trompetada de marcha nupcial que me arrepiava toda.

Quem vai usar som mecânico, apóio, é uma economia boa se você precisa dela. Mas não há nada como a famosa trompetada ao vivo. Foi só abrir as portas a cerimônia e eu ver meu noivo na ponta da nave e a trompetada que desatei a chorar.

E olha que eu nem usei trompete. Na minha cerimônia foram 5 músicos: voz, teclado, sax, sanfona e violino. A sanfona foi uma briga. Foi na semana antes de São João, o músico da empresa contratada precisou ligar pra 14 sanfoneiros até achar um que podia...hehehe.

Mas era isso ou nada. Minha exigência foi a sanfona, eu queria queria queriaaaa. E pronto!

Bom, voltando lá atraaás, fiquei de falar das músicas. Se meu casamento não fosse caipira, eu o faria meio Rock´n Roll. Meu noivo ama, eu gosto, e acho lindo casar só com músicas Rock´n Roll. Inda colocava a banda dele pra tocar depois!

Mas como não dava pra tocar rock num casamento caipira, decidi usar músicas brasileiras, algum forró e nordestinas. Só meu noivo que escolheu nossa música pra entrada dele. "How deep is your love".

Ficou assim então:

Entrada do noivo: How deep is your love (Beeges)

Entrada dos pais: Céu de Santo Amaro (Cateano)

Entrada dos padrinhos: Esperando na Janela (Gil)

Entrada da florista: É você (Tribalistas) - minha florista foi minha irmã de 15 anos

Entrada da noiva: Trompetada da Marcha + Dia Branco

Entrada das alianças e benção das alianças: Ave Maria

Assinaturas: Preciso dizer que te amo (Cazuza) - típica de amigos que viram namorados - e Pensar em você (Daniela Mercury)

Saída: Olha pro céu (Olha pro céu meu amoooor, veja como ele está lindoooo)

Pronto, no próximo capítulo, mais um pouquinho sobre nossa cerimônia!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

coisas que têm e que não têm preço

2 vestidos de noiva: 1900,00
bolo de 4 andares: 500,00

ser famosa com um banner de 2,0x1,5 na Expo Noivas: Não tem preço!



segunda-feira, 4 de agosto de 2008

as flores e minha chegada dramática e triunfal...

Vi chegando no salão

Eu saindo do carro


Minha nave de esteira com flores coloridas



Êeeee
que bom que vocês se pronunciaram =D

Bom, agora que foi a nossa história, passo para contar mais um pouquinho do grande dia.

Marquei meu casamento pras 19:30 porque queria começar a cerimônia pontualmente às 20:00. Mas, infelizmente, na Bahia 19:30 é quase 20:30. E eu tomei um sr. chá de cadeira. Tive que ficar rodando de carro pra fazer hora, senão eu chegaria antes de minha sogra e minhas madrinhas.

Estamos nós, Avenida Paralela acima (é uma das maiores avenidas da cidade, que liga ela ao aeroporto e ao município de Lauro de Freitas, onde casei) quando olho pro carro do lado e vejo um casal: homem de chapéu de palha, mulher de laço na cabeça: "OPAAA CONVIDADOS".

NÃO RESISTI. Coloquei a cabeça pra fora do carro, junto com o buquê, e gritei! Eles deram tchau, foi frenético, os carros olhavam a noiva louca cabeça-afora...hahahahaha

Ficamos fazendo hora, rodando em Vilas do Atlântico, e passei para visitar uma noiva que se arrumou comigo no salão. Foi engraçado: duas noivas em dois carrões emparelhados, na porta da igreja

E agora, quem entra, quem fica pra titia? ha ha ha

Chegando lá na casa da cerimônia e da festa, fui conduzida pelo meu melhor amigo - que também foi meu cortejo - até meu pai. Parêntese pro cortejo: me diverti e descontraí indo pra festa com ele. Depois de um dia no salão sem ver um rosto conhecido, tê-lo por perto nos minutos finais foi ótimo!

Meu pai, que queria me tirar do carro, deu um escândalo. Queria ter me conduzido passinho por passinho, fez muchocho, disse que não iria mais entrar comigo... Mas caiu na real, a bola da vez era eu.

Falando nisso, ele estava lindo, todo empacotado num summer estampado...

Mas tudo isto não antes de assistir a entrada do meu noivo e padrinhos do carro. Essa é a grande vantagem de ter duas câmeras.

Mas a grande desvantagem foi descobrir, à 30 segundos de entrar nave adentro, que as flores não eram as que eu escolhi.

Eu sou uma pessoa legal. Eu aceito bem as sugestões dos outros. Eu sou flexível diante de um bom argumento. MAS NÃO ME TROQUE AS FLORES SEM ME AVISAR!!!

Pedi sorrisos de maria e margaridinhas, tudo branco. Frisei bem TUDO BRANCO. Queria dar destaque às flores de meu vestido, e a decoração já era caipira! Mas o decorador achou que ficaria sem graça. CUSTAVA ELE ACHAR ISSO NA VÉSPERA E ME CONSULTAR???

Quando vi a imagem na tela a primeira coisa que pensei foi: "digam que estão transmitindo o casamento errado... Não amor, volta, esta não é nossa nave... está tudo colorido, que é isso???"

Não havia muito o que fazer. Liguei o foda-se, e caminhei para a porta fechada do salão. Lá meu fotógrafo, filmador, assessora, pai e melhor amigo me cercavam.

"Vai chorar?" - perguntou Mi, minha assessora.

"Eu?Claro que não" - respondi, confiante.

Mas minha confiança só durou até o começo da trompetada da marcha nupcial...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

um parêntese para nossa história

sabe o que é? a gente vê as visitas caindo, e os comentários sumindo, aí a gente pensa que o blog já era. mas decidi: vou postar tudo, até o fim, nem que seja para a posteridade, meus filhos e netos... hehehe

Hoje ia falar da minha chegada e das músicas escolhidas para minha cerimônia. E me dei conta de que nunca contei a história de nós dois - fundamental para entenderem algumas das músicas escolhidas...

Contei ela em meu fotolog uma vez, depois em meu site de casamento, agora vai aqui:

Conheci Joe na escola, no 1º ano.
No mesmo ano em que ele sabotou a prova de admissão porque não queria entrar lá.
Mas entrou. E logo se tornou meu “priminho”.
Embora muita gente duvide de que ele seja de fato parente meu, nossas famílias vieram da mesma cidade, nossos avós compartilham os mesmos sobrenomes.
Fato é que reconhecer um possível parentesco foi no mínimo uma desculpa pra estar mais perto.
Na verdade demoramos 8 anos para entender o que estava guardado pra gente, na gente mesmo.
Sempre tivemos uma simpatia gratuita um pelo outro, e os conselhos dele sempre foram os mais sinceros, e que por essa mesma razão, as vezes eu nem pedia.
Eu gostava muito de errar. Talvez errar muito fosse a maneira mais plausível de reconhecer o que é certo, quando estivesse diante dele.
O abraço de Joe era o mais gostoso de todos os abraços que eu ganhava, e eu fazia questão que ele soubesse disso.
Era sincero, despretensioso, e com uma temperatura única cujos graus repetiam sempre: “gosto muito de você”.
E isso me tornou a menina que pulava no pescoço dele quando o via,
e a mesma menina que as namoradas dele queriam enforcar no laço do sapato.
E a menina por quem alguns amigos deles torciam, antes mesmo de existir uma partida.
Nos nossos encontros e desencontros ao longo dos anos falávamos de amores, contávamos nossas aventuras e nossas decepções, e sabíamos do imenso carinho que tínhamos um pelo outro.
Até que nos encontramos solteiros.
Uma, duas, três, quatro vezes…
“Pense numa pessoa que demorooou…”
Foram as palavras dele quando me beijou a primeira vez, há dois anos e pouco, depois da terceira festa da noite, do segundo shot de tequila – fora os 700 ml de vodka, as 4 cervejas e as duas doses de whisky – às 4 da manhã.
Isso vai fazer pouco mais de dois anos no dia do nosso casamento. Eu não quero nunca mais parar de beijá-lo.
“I couldn´t help it. It´s all your fault”




ps: nosso site de casamento é o www.joaoemarla.com. Os quadrinhos da entrada foram usados em nosso convite, posto a foto dele aqui no próximo post.

Faltou nele a música de abertura, o livro de visitas e contato com os noivos, mas ganhei de uma madrinha e depois ela ficou sem tempo de acrescentar...

terça-feira, 15 de julho de 2008

O dia da Noiva





Começando pelo início do meu dia como noiva.

Embora a última semana tenha sido a mais tranquila desde o início da jornada - o que era, era, o que não era, paciência - a última noite foi a mais longa. Quase não dormi. A ansiedade não deixava.
Acordei e fui cuidar dos últimos detalhes: retocar a placa da entrada (uma história à parte) e picar papel laminado. (Siiiiim, papel laminado fica lindo no lugar do arroz - dica precisosa de minha assessora - mas o trabalho de picar é um porre).

Estava sozinha em casa. Me mudei pro novo apê duas semanas antes do casório.
Fiquei em paz, sem ninguém para me estressar.
Arrumei minha malinha para ir ao salão: calcinha, meias, sandálias (casei de sandália alta), escova e pasta de dentes, desosdorante, brincos, jóias, grinalda e demais acessórios.

Fiz meu almoço light, frango assado e salada, almocei e fui para o salão.
Fechei o dia da noiva apenas na parte da tarde.

E desde o segundo em que saí de casa meu coração não parou mais de bater acelerado.

A ficha caiu - pensei.

Desci no salão para minha tarde de massagens, drenagens, ofurô, banho de lua, etc, etc. A equipe do salão estava eufórica para saber de quem era o vestido ornamentado que havia chegado pela manhã.

Sinceramente, o dia da noiva é uma terapia. Longe de tudo e todos, um momento para relaxar. Cem vezes mais casasse, cem vezes mais o faria.

Depois de minhas atividades sozinha, cabelo em salas cheias de noivas.

Éramos sete. Uma me convidou para dividir o prosecco, a outra para sentar junto a ela na hora do lanche.E fomos contando nossas histórias. E elas ficaram encantadas com meu casamento caipira.

Convenhamos, eu era a noiva mais original do recinto. Hahahaha

As noivas que saíram antes de mim se lamentaram por não me ver pronta.

Já estava vestida à seis, apesar da cerimônia ser à oito. Maquiagem azul e rosa, uma barbie!

Cabelo clássico, com franja de lado. O todo-preso deixou meu rosto redondo parecendo uma carinha de boneca, e o véu no topo do penteado (para ser usado cobrindo o rosto) emoldurou tudo.

Quando me vesti, todos esperavam, ansiosos. O salão parava para me ver passar. Ninguém viu nada igual antes.

Dá licença, que meu bumbum é grande, mas minha criatividade e de minha designer ocuparam todo o espaço neste dia.

Desfilei um pouco, depois fiquei sentadinha esperando meu fotógrafo. E o frio na barriga e a ansiedade crescendo!

Ele chegou. Descemos para o jardim e eu fui caras e bocas, até o fim da festa.

E continua...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

De volta, CASADA!!!




Perdoem-me o quanto demorei, mas emendei a lua de mel em viagem com a lua de mel em casa, e hoje, que volto à fábrica, volto também ao blog.
Estava pensando sobre como contar o casório, e, ao mesmo tempo, dar um bom destino pro Noiva Caipira. E decidi que vou fazer post para cada coisa do casamento e da vida de casada.
Vou organizar as idéias e as fotos, e vamos lá!

Esta sou eu, saindo do carro para a cerimônia. Eu amei esta foto, mas não é fiel ao meu vestido, pois não mostra seu lado caipira...

terça-feira, 10 de junho de 2008

falta apenas... 4 dias!!!

O grande dia está chegando.
Hoje é meu último dia no trabalho, e estou extremamente feliz.
Meu humor nem liga deu ter passado o dia fazendo telemarketing (que eu odeeeio e raras vezes me coagem pra fazer).
Quero tirar todas as xerox do mundo.
Me mandem ir em qualquer departamento, me mandem pro chão da fábrica lixar madeira ou aspirar pó.
Farei tudo mostrando meus dentes clareados.
Estou feliz.
Nunca tirei férias antes, nunca casei antes.
Não estou nervosa, nem estressada, nem neurótica.
Estou radiante!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

foto imperdível!!!

EXCLUSIVA!
Eu, de noiva caipira na festa da empresa.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Meu 1 º casório na roça

Festa da empresa, ontem, organizada por mim.
Trabalho numa fábrica com 50 operários, e cerca de 15 funcionários de setor comercial/ administrativo.

Pois no escritório não consegui casar.

Meu noivo da roça, um funcionário menino-amarelo criado-por-vó jogando-gude-no-tapete e empinando-pipa-no-ventilador, do dep. comercial, ficou doente, atestado de 2 dias em casa.
Pra mim isso foi desculpa pra fugir da responsabilidade.

Nunca vi isso, largar mulher grávida no altar.

E toco a procurar, meu noivo caipira, entre os funcionários do escritório, que deram a idéia e me elegeram noiva.

Fui rejeitada por todos.

O coroa gerente de produção que ia ser meu pai na peça se candidatou.

"Não dá, você é o único na fábrica que tem idade pra ser pai dela."

Ele insistiu, mas ninguém deu bola.

Entre pôr refrigerante no gelo e arrumar as mesas, receber a banda, comecei a ficar procupada.

Chegava a hora do casório e nada de noivo.

Danei-me.

Desci pro chão de fábrica, no meio do pó de madeira e das máquinas pesadas e gritei:

"Quem quer casar, com Dona Baratinha, que tem véu plástico bolha e dinheiro na caixinha???"
(não compramos tule pro véu e no improviso virei a noiva-sedex)

Pois nem pisquei.

Dava pra fazer sorteio de noivo.

Escolhi o mais baixinho de todos, 1,45m.

A esta altura ele já havia aparecido de calça social e camisa de botão de mangas compridas
(o traje do operário pra festa da empresa, que gracinha!)

Noivo arranjado, problema solucionado.
Comi bastante pra conseguir estufar uma barriga de grávida.
Me embalei no plástico bolha, arranquei o sabão de côco que fazia suporte pras flores do arranjo da sala da casa de minha chefe, dei o braço pro gerente-pai, e adentrei o galpão.

E assim, casei pela primeira vez.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O sonho da casa própria




(Sempre quis uma sala xadrez com piano de cauda e duas escadas que dão na porta principal)

O preço do mcdream-own-house é bem maior do que eu imaginei.

Há três fins de semana que o meu nome é faxina.
Minhas mãos estão despelando por causa dos produtos químicos, meu dedos doem de esfregar pano de chão e limpar espelhos de tomada e de interruptor de luz. Meu nariz coça por causa da poeira.
É um pó inquilino, sempre há mais um tiquinho pra tirar!

E ainda, pra completar, descobri semana passada que não posso tirar meus móveis da loja ainda.
Fiz a lista de casamento da Tok Stok, e pra ganhar meu bônus de 10% preciso esperar 45 dias.
Que se completarão no meu casório. Ou seja: até lá, nada de móveis. Só depois da lua-de-mel.

Em compensação, já tenho geladeira, torradeira, sanudicheira, máquina de lavar, microondas e fogareiro de acampamento.

Aí fomos no mercado, compramos pão, queijo, leite, sucrilhos, iogurte, danoninho, biscoitos, café, nescau, pipoca de microondas e miojo.

Minhas primeira compras de casa, que emocionante!

Não vejo a hora do fogão e forno chegarem, pra eu fazer compras de verdade.

Não vejo a hora de ter cadeiras, mesa, sofá, criado-mudo e aparador.

E visitas, sim, visitas para usar meu banheiro e reparar em meu vaso com tampa de acrílico!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

un pettit commentaire

assisti o filme

TUUUUUUUUUDO QUE EU PRECISAVAAA

sinto-me menos egoísta agora.

quando saí da sessão, meu melhor amigo havia me ligado.
retornei e disse: "tô tão feliz porque você não é heterooooo"

afinal, como se diz por aí, você não precisa discutir kant com kantkomi.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

101 minutos MEUS!!!




Tem uma coisa muito importante que aprendi em meus namoros. (Sim, sempre namorei, emendando um no outro, até o dia em que, finalmente, algo parece que vale para a vida toda.)
De vez em quando preciso de uma raivinha crescendo dentro de mim e aí acordo de novo pros valiosos ensinamentos sobre o universo masculino: para tolerar o egoísmo, precisamos de nossos momentos egoístas também.
Quanto mais egoísta, melhor o efeito.
Faltam apenas 16 dias para meu casório, e depois de muito me estressar, gastrite, dor de barriga constante, ataques de gula, acessos de nervosismo, re-encontrei a essência do bem-estar.
Em momento de crise, PARA TUDOO.
Parei e estou pensando em fazer algo que beneficie a mim. De preferência somente a mim e a ninguém mais em todo o universo (é complexo, afinal, até minha companhia beneficia alguém - ha ha ha).
Sem me importar com os outros, com o resto, com os planos, com todas as coisas que me enchem a cabeça a cada segundo do dia desde que comecei a jornada noivística.
Parei e me permito fazer o que EU quero.
EU, EU, EU, EU, EUUUU!!
Hoje vou acariciar meu ego, nada de starwars, nem senhor dos anéis, nem x-box 360, playstation5, miami vice, e derivados do universo masculino.
Vou assistir a uma comédia-romântica-sessão-da-tarde-água-com-açúcar e comer pipocas com refrigerante.
“O Melhor Amigo da Noiva”-101 minutos de puro egoísmo cinematográfico
Se não estivesse zerando meu saldo no banco com o casamento ia até considerar mandar fechar a sala do mutiplex pra mim, e levava o pijama e o travesseiro.
Que delícia!!!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Eu e a Carrie Bradshaw


A cada episódio do Sex and The City descubro que penso mais e mais como a Carrie.
A diferença é que eu sempre estou comprometida com um homem, e portanto, sempre sou menos realizada em meus mínimos desejos.

Os dias passam, a data do casamento chega, e cada vez mais eu sinto que casar é aprender a abrir mão. Abrir mão de um sapato pra comprar um lustre, não fazer aquela viagem do fim de semana e ter o ventilador de teto com paleta de plástico...e abrir mão de nossas prioridades!

Estou aprendendo também que os homens são seres egoístas. SIM, ELES SÃO!
Acho muito meigo e sincero os blogs das noivinhas falando do quanto lindos e maravilhosos são os homens com quem vão casar.
Mas isso é óbvio: se meu noivo não tivesse muito de lindo e maravilhoso não teria por que passar por esse stress que é o casamento.
Ficava deitada em minha cama box, emendando Grey´s Anatomy, com House, House com Sex And the City, Sex and the City com Desperate Housewives. Pro resto da vida. Com minha mãe trazendo torradinhas de alho, pastel doce e limonada. Pegava minha poupança e ia andar de bicileta e fazer windsurf no verão do leste europeu.

Mas todo homem que eu conheço tem um lado maravilhoso e um lado profundamente egoísta. As prioridades deles são urgentes e inadiáveis, e as prioridades do resto do mundo são “coisas chatas, que tomam meu tempo, e que não posso resolver agora”.
Felizmente o amor dá espaço para a chantagem emocional. E se tem uma coisa que sou, assumidamente, é dramática e manhosa.

Sinto-me um porre. Um porre daqueles bem enjoados, de catuaba selvagem com mel de abelha rainha.

Me chamem de louca, mas hoje não vejo a hora de tudo passar, festa, lua-de-mel, stress....
Só pra ficar de camiseta masculina, esparramada no meu novo sofá, em minha nova casa, assistindo um episódio antigo onde Carrie conclui que, simplesmente, não dá pra viver sem os homens.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sobre o casório na roça

Tenho tido visitas de noivinhas interessadas em fazer o casamento caipira, então decidi escrever um pouco sobre isso.

Sempre amei o São João. Comecei a namorar no São João e noivei no São João. O nome de meu noivo também é João, e a casa onde vamos casar é de meu pai, onde passei muitas festas de São João em eventos lindos feitos por meu pai, que na separação de minha mãe escolheu ficar conosco no São João.

A partir de ter razões de sobra, pensei também que o casamento junino seria mais em conta que um normal, e que os convidados se sentiriam mais à vontade também.

Ao longo dos meses de sonhos e preparativos, percebi que meu noivo queria mais um casamento do que uma festa junina, bem como meus fornecedores estavam mais preparados para um casamento. Então começamos a configurar nossa cerimônia como um casamento tradicional, mas com todos os toques juninos possíveis.

Teremos comidas juninas e regionais no buffet (pé de moleque, paçoca, milho cozido, pamonha, bolo de milho, aimpim, tapioca, churrasquinho, beijú feito na hora, escondidinho, arrumadinho, licores, maçã do amor...) e teremos também alguns dos doces e salgados tradicionais de casamento, como os camarões, as trufas, etc...

Teremos uma cerimônia tradicional, mas os noivos estarão caipiras, e os músicos tocarão músicas nacionais em arranjo de sanfona, e algumas músicas de forró. Nossa boate só tocará forró até a meia noite. Nosso bolo terá toque junino, nossa decoração será de flores mimosas como margaridinhas brancas e folhagens. O buffet sugeriu arranjos tropicais, mas acho as flores tropicais muito grosseiras!

Sugerimos a todos os convidados que fossem com traje-caipira-chique. Pensamos em sugerir apenas "caipira", mas nem todas as pessoas estão dispostas a ir de bombacha e avental, então sugerimos uma roupa de festa com toques caipiras (xales, flores de tecido, fuxicos...)

Teremos palhas, bandeirolas, fogueira, fogos, barraquinhas e tudo que um São João tem direito.

Bom, acho que já está suficiente, senão acaba a surpresa pros convidados!

Quem quiser mais detalhes, entra em contato comigo!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

(parêntesis para uma felicidade)

Finalmente passou a primeira carga de stress. O chá de bar/cozinha foi um sucesso. Se não pude contar com minhas madrinhas na organização, ela foram convidadas nota mil. E a madrinha de batismo e a mãe deram duro pra tudo ficar lindo. Não esperava que fossem tantas pessoas amadas.

Foi uma excelente prévia do casório. O noivo aceitou tirar fotos com todo mundo, aceitou tomar aulas de forró, aceitou tudo que todo mundo sugeriu e mais um pouco. =]

Falta muito pouco, quase um mês, e não vejo a hora de minha casinha fica pronta, de minha festa chegar, das férias virem, da lua de mel acontecer.

Agora sinto uma ansiedade boa, aquela energia do "tudo vai dar certo, tudo vai ser lindo".

Madrinhas de orelhas puxadas, e que venha a despedida de solteira!!!



segunda-feira, 5 de maio de 2008

Puxar a fila e ter madrinhas virgens



É interessante isso de só ter experiência para fazer as escolhas acertadas num casamento quando você já fez um antes. Acho que por isso muitas casadas dizem que fariam outras vezes: porque tirariam de letra a maioria dos quesitos.

Minha virgindade matrimonial se combina com um puxar de fila que não me facilita a vida. Ter todas as amigas solteiras, principalmente as madrinhas (e duas delas em outro estado) significa chá de cozinha e despedida de solteira organizadas pela própria noiva.

Não que não seja gostoso organizar cada detalhe. É ao mesmo tempo estressante e instigante. Mas a gente vai vendo o quanto cada pedacinho de ajuda é extremamente bem vindo quando não a tem por completo.

Próximo sábado é meu chá de cozinha, organizado por mim, minha mãe e minha madrinha de batismo. Minhas madrinhas do casório não se manifestaram, e não as culpo. Exceto minha madrinha que está no RJ e que está casando uma irmã agora em maio, muito provavelmente nem sabem que papel têm nesta etapa.

Pelo menos elas terão uma madrinha bastante ativa no casamento delas. E haja compreensão pra que puxa essa fila!!!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Saudades e Resgate de Amigos


"Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue."


Estou numa onda nostálgica. Em breve devemos nos mudar para nosso cantinho, momento este que eu tanto esperei. Estou há um ano ansiosa para acabar com minha peregrinação casa de mãe - casa de sogra, e agora faltam poucos dias. E isso me deixa feliz, mas enche minha alma de nostalgia.

Perdi minha lista de convidados num pendrive que queimou, e refazendo-a, fui revivendo pessoas e momentos da minha vida. Lembrei de tanta gente passou, e de tanta gente que queria que estivesse tão perto, e está tão longe.

Conversei com minha mãe, que tem se feito de forte diante de meu início de mudança. E ela, sábia como sempre, me consolou. "Quando a gente cresce e assume as responsabilidades da vida adulta não dá pra ter amigos como era antes. Não temos tardes juntos, não ficamos mais horas pendurados ao telefone, não dá pra ver todo dia na entrada do colégio ou no fim da aula da faculdade. E quando chega o fim de semana estão todos tão cheios de programas que acabamos deixando pra depois..."

Quando nos encontramos ou nos escrevemos fica sempre um "vamos marcar". Aquele que a gente sabe ser uma promessa vaga que a gente aceita pra não se sentir tão culpado.

A verdade é que bate culpa mesmo, porque achamos que a responsabilidade é nossa.
Mas não é. Não há responsabilidade por assim dizer, não há culpa por assim dizer, há a vida levando a gente ao diploma, ao trabalho, ao casamento às tarefas do lar...

Parei pra pensar na semana passada que todas as vezes que saí com meus amigos fui eu quem liguei. Amo encontrá-los, faz bem para mim, para minha pele, para minha vida. Estou correndo atrás, mas me sinto cansada de tentar ter uma vida que não cabe na minha.

Fiquei imensamente feliz com duas ligações de minhas madrinhas: uma me chamando pra sair no meio da semana e dando altas risadas até de madrugada, e a outra avisando que vem antes do casamento para me curtir nos meus últimos dias de solteira. Fiquei radiante.

Estou manifestando meu amor por todos em mais uma tentativa: convidando-os para fazerem parte da comemoração de minha união. É um re-convite, do gênero "RETORNEM PARA MINHA VIDA".

Senão eu paro com essa onda estômago-esvaziante de saudade e vou investir só nos novos amigos.




segunda-feira, 28 de abril de 2008

Eventos para Noivas e Sorte


Se eu andasse muito em jardins eu teria feito, quando criança, uma coleção de trevos de quatro folhas. No prédio em que eu moro havia um pequeno trecho de trevos, e a única vez que sentei nele eu arranquei um e era de 4 folhas.

Xuxa já leu minha cartinha. Já ganhei bicicleta em sorteio de Mara Maravilha. Ah, Minha Monark BMX verde, que saudades... Ontem eu emprestei minha sorte.

Fomos eu, Renat, e algumas noivinhas assessoradas por minha fiel Mi a um desfile de noivas.

Nº 1: aconselho todas as noivas a andar com noivas. Elas estão sempre interessadas em te ouvir e palpitar sobre o seu dia, e você nunca ouve um "você só sabe falar de casamento"!

Nº 2: eventos de noivas sempre têm sorteios magníficos, inscreva-se e vá a todos que puder, além de ter parâmetros de fornecedores e preços comparativos, você ainda pode sair com um bolo, um vestido ou um buffet de presente...

Voltando à história: Renat não havia conseguido vaga no desfile, então foi como minha acompanhante. Só quem entra no sorteio é titular, mas simpáticas e comunicólogas, conseguimos mais um cupom. Nele eu escrevi o nome de Renat e pus uma estrelinha do lado "para dar sorte".

E dona Renata ganhou o vestido!!!

No meu eu não pus estrelinhas, mas fique feliz de verdade com o sorteio. Eu já fechei o meu, e não poderia ficar com dois.

Ainda acho que conseguirei fechar um pacote de lua de mel e ganhar meu dia de noiva onde eu quero e minha noite de núpcias (ou melhor, dia de núpcias).

E que ninguém me diga agora que é perda de tempo...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Mas afinal, o que é caipira-chique?


Do alto de minha criatividade invento eu esta história de fazer um casamento junino. Por inúmeras razões, das quais a principal será divulgada em minha festa. E como todo casamento junino que se preze, não posso permitir convidados vestidos com traje que não seja um mínimo de caipira.
Mas pera lá, é um casamento. Fico entre dois limites tênues: o social, formal, cabo de vassoura guela abaixo, e o junino, interiorano, meio brega meio demodê. Então, como quem cria uma festa temática até então não vista pela maioria esmagadora de seus convidados, tive que partir para a criatividade lexical combinada. E vai no convite: TRAJE : CAPIRA-CHIQUE.

O junino ou caipira chique é um termo criado por esta noiva caipira no século XXI para ajudar a definir o traje dos convidados em seu casamento. Como a festa é junina, não esperamos que você se limite a colocar aquele vestido que passeia pelos casamentos da capital baiana e afora, para os forasteiros, ou aquele terno que incomoda aqui, tá folgado ali, ou que você ainda vai ter que passar na casa do brother pra pegar.
Esperamos que você crie um look como se fosse a um casamento na roça, com clima de interior, ou country, ou junino, mas sem descaracterizar o visual de um casamento. Ou seja: salto agulha com paetê pode ser demais, havaianas e jeans surrado de menos.
Não esperamos as moças necessariamente de bombacha e trancinhas nem os moços necessariamente de quadros e retalhos, mas isso vale!
Sugerimos um toque junino. Um toque de exagero.
Um toque coutry, um toque viúva Porcina e Roque Santeiro, um toque de flores ou rendas, de babados ou quadros, retalhos, fitas, chales, lenços, jaquetas vaqueiro, botas…
E até ainda os famosos vestidos de festa com um toque criativo interiorano são bem vindos.

Preciso de 3x mais espaço no convite, please!

Bom, na verdade, esperamos que todos se sintam a vontade e se vistam de felicidade para comemorar conosco!

Que fique dito!



sexta-feira, 18 de abril de 2008

O povo chamado "noivas", e minha assesora Mi


Em muitos dias da minha vida eu me lamento por Salvador estar crescendo tão rápido, e ter se tornado uma cidade grande e desordenada, mal planejada, com tráfego de veículos insuportável quase todas as horas do dia.

Mas vejo neste momento da minha vida que apesar do tamanho, Salvador continua sendo aquela cidade pequena, onde fulano conhece beltrano que conhece cicrano. E isso dá uma certa segurança para contratar fornecedores, porque virando e mexendo dá pra encontrar ex-noivas que já fecharam com cada um deles antes. E para minha surpresa: dispostas a falar horas no telefone sobre cada detalhe de seu casamento.

Fiquei impressionada como as ex-noivas são solícitas. E imagino que não serei nem um pouco diferente. Penso que ao receberem o telefonema de uma "noivinha", virgem e inexperiente na arte do casar, se sintam magnânimas, fontes do saber, e aproveitem o momento para reviver o evento mais planejado de suas vidas.

Sim, acredito que quem fez festa de casamento nunca se dedicou tanto a outro evento por toda a vida. São tantos os detalhes, são tantas coisas pra escolher, pra selecionar, para pensar que mesmo para mim, que trabalhei com eventos grandes durante anos da minha vida, não conseguiria pensar em tudo e lembrar de tudo sozinha.

E aqui entra minha assessora, Dona Mi. E que ninguém venha me dizer que sem ela eu faria igual. Sou perfeccionista, mas não tenho experiência nisso. E a experiência e traquejo de alguém que vive disso, que ama isso, que faz tudo isso com paixão, vale muito. As vezes sinto como se fôssemos duas noivas. A diferença é que é minha primeira vez... hehehehehe. Ah! E que ela vai ser a noiva chata, exigente, perfeccionista enquanto eu estiver entre uma sessão de massoterapia e um banho de ofurô com o celular desligado, no dia da festa.

Mas acho que esse processo já vai mostrando o “casar”. Vai mostrando que a vida é bem mais cheia de detalhes do que a gente imagina quando é solteira e mora na casa da mãe. Mostra que planejar com os pés no chão é a melhor forma de ter tudo o mais próximo possível do que a gente quer. E mostra que ajuda de quem já viveu e de quem tem experiência nunca é demais.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Castigo Pré-nupcial


Toda noiva sabe que surpresas desagradáveis alguma hora vão aparecer. Pequenas e irrelevantes (mas monstruosas aos olhos de um ser ansioso e na fronteira de um breakdowns) ou, de fato grandes catástrofes. Dessa vez, por favor, não aceito ser taxada de dramática. Tudo que eu não precisava na minha vida agora era sofrer por morar numa casa de ferreiro com espetos de pau.

Eu realmente não precisava de catapora neste sublime momento de minha vida. Tá bem, eu sei o lado bom, meu espírito de poliana já me contou: 15 dias em casa, tempo até demais para descansar depois de 3 anos sem férias. E fantástico que isso não aconteceu na semana do casamento, porque eu certamente não casaria assim.

Estou inchada como a princesa Fiona do Shrek, na versão Ogra. A catapora foi cruel suficiente para atingir meu rosto mais do que qualquer parte de meu corpo. E virei a noiva caipira, cheia de bolinhas (não aguento mais esta piada).

Estou feia, coçando, dolorida, aprisionada, com febres constantes e ainda corro o risco de casar toda manchada (e viva o Photoshop!)

Não estou nem no meio do processo, mas já desafio qualquer noiva com relacionamento saudável a apontar um desastre maior às vésperas do casamento...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Visita à casa




A semana está sendo muito puxada. Depois de passar o fim de semana viajando e trabalhando, visitas consecutivas à fornecedores de casamento tomam-me o tempo. Ontem foi o dia de visitar a casa onde será a cerimônia, casa esta onde passei férias douradas, fins-de-semana de intensa liberdade e contato com a natureza, onde comemorei os mais esperados aniversários de infância, casa que é o legado da família Barata agora ameaçado pela violência dos tempos modernos.

Sempre soube que um dia casaria ali.
E voltar ontem, depois de tanto tempo, vendo a casa abandonada por nós pelos infortúnios provocados pelo crime, foi ver como ela resiste, impávida.
A casa tem alma própria, e reflete cada dia de felicidade vivido ali.
Ela estava ainda mais bonita. A grama frondosa se estendia por todo o terreno. Sem as marcas de pneus de carros entrando e saindo diariamente, era um tapete para os cães saltitantes que comemoravam a imensa vida que toma conta da casa. Os pilares também estavam vivos, abraçados por imensas plantas de folhas magnificentes. Eu já havia me esquecido a quão viva era minha casa!

Confesso que me emocionei. Fui imaginando cada cena da cerimônia e da festa acontecendo.
Me vi entrando nave adentro, em direção ao altar.
Vi meus amados convidados bebendo e dançando, meus primos me abraçando, meus padrinhos rindo alto e contando as mesmas histórias que já sei, e que não me canso de ouvir contarem...
Pude ver até vislumbrar meu pai na ponta da varanda, já esquecido do alto investimento que o incomodou durante os meses de preparação, e com um sorriso de anfitrião que toda noiva sonha ver nos lábios do pai no dia D. (ou C, sei lá)

Os comentários de meus acompanhantes só enalteceram a casa que tanto amo.
Confirmei: escolhi a casa perfeita para o tema perfeito. Ganhei um novo gás para continuar.
Tudo isto vai valer a pena.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Noivas Neuróticas


Eu comecei a catequizar o noivo caipira há umas duas semanas para assistirmos mais filmes e programas sobre casamento e vida de casais. O primeiro foi uma sábia escolha: Noivas Neuróticas, se não me engano, do People and Arts.

Ele, que me acha ansiosa, e as vezes nervosa, aprendeu bem o que é uma noiva estressada. Aliás, psicopata, porque o casting daquele reality com certeza foi feito com pacientes usuárias de tarja preta.

Eu posso estar enganada, mas quanto mais velha a gente casa, menos neurótica a gente deve ficar com o casamento. O que mais me estressa na vida são consequências de escolhas com as quais não estou acostumada a lidar, pras quais não tenho maturidade. AINDA. Por que acredito que é enfrentando como se tivéssemos escolhido aquilo que torna a lição mais suave, o caminho menos difícil.

Sempre que penso no casamento, penso na infinidade de coisas que tenho que escolher e que não havia imaginado. Não conseguiria me imaginar casando aos 18 anos. Talvez por ser filha de uma família amorosa, de um lar acolhedor, por não ter por que fugir do ninho, acho casar um tantão de coisas, uma enxurrada de escolhas que as vezes parecem se atropelar, de tantas que são.

Dá vontade de criar vias e semáforos em minha cabeça: essa idéia pára, que a outra vai cruzar a pista. Ai meu deus, lá vem o trem!! Pera, peraaa, não atravessa com sinal fechado nãaaaao, ainda não acabei de pensar naquilo!!!

Ainda me acho, as vezes, nova para lidar com tantas decisões, com tanta mudança.

Mas a verdade é que elas me deliciam. O casamento é o desafio que faltava em minha histérica existência.

A super-mulher está sendo posta à prova.

Enquanto um super-homem puder me entender e me amparar está tudo certo.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Se ansiedade matasse eu fundaria o cemitério das noivas!




Eu estou numa dúvida terrível: não sei se deveria ter me preocupado com as coisas de meu casamento a mais tempo, ou se quero que ele chegue logo e se acabem os preparativos, a correria, as indecisões, as opiniões e a ansiedade.

Ansiedade faz blog.
Ansiedade engorda.
Ansiedade emagrece.
Estressa, dá sono.

Ansiedade é como TPM, a gente pode pôr nela a culpa do que a gente quiser.

Eu não sei se não vejo a hora de casar, ou de me mudar, ou de acabar com essa correria, ou de deixar de ser nômade. Estou há um ano fazendo estágio de cigana: casa de mãe - casa de sogra, e quando achei que só dava pra ficar melhor que isso, agora os fornecedores caíram no meio do roteiro.

Tive um fim de semana de páscoa longe de tudo, e achei que minha noividade ia ficar em paz até descobrir outras noivas tão, mais e menos ansiosas do que eu. Puxar fila é fogo, a gente tem que fazer bonito...

E noiva tem ímã, nunca fui em um lugar onde houvesse uma noiva só, e dane-se a falar de casamento!!!
Ê lelê!

Até eu já estou me cansando as vezes...

Mas isso é só até o próximo fornecedor, e eu desato a falar tudo de novo!

Hehehehehe

Que chegue logo este bendito dia, pra eu voltar à culpar a pobre da TPM!!!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Escolhas


Ahhh!

Como eu queria que todo o processo noivístico se resumisse a escolhas simples, como escolher o buquê!

O tempo passa muito rápido entre a escolha da data e o dia do casamento. Este contador aqui no blog me lembra todos os dias que a cada segundo, perdi um segundo para fazer escolhas. E noivar é escolher. Desde escolher casar e com quem casar, até escolher a sogra, o bolo, o padre, o buffet, os padrinhos, o vestido...

Costumo ser uma pessoa indecisa, e o exercício me tem feito um bem enorme. A nova maneira de escolher é: gostei, paro aqui, tá escolhido, e vamos para o próximo item que essa lista parece não ter fim.

Agora compreendo porque tem tanta gente que um ano antes já tem uma pasta com 1350 orçamentos de cada item. É como ir na C&A: você quer uma coisa, não acha exatamente o que quer acaba experimentando 5 ou 6 outras coisas que lhe cruzaram o caminho só porque não tem vendedor pra encher seu saco.

Isso é a parte boa dos fornecedores de casamento: acho que eles estão acostumados a lidar com noivas neuróticas, e nos poupam daquela encheção de saco "me contrate por favor".

Eu estou encontrando o que quero, e isso tem me feito uma noiva extremamente feliz!

terça-feira, 4 de março de 2008

Noiva On Tour


Desde a semana passada soma-se à minha atividade noivística um novo desafio: ser pesquisadora itinerante. Ganhei um roteiro de cidades no Brasil onde irei para trabalhar em minha nova, revolucionária e instigante atividade de pequisa qualitativa com toooooodo o público alvo da empresa.

Ainda não sei como conseguirei ser (boa) filha, (boa) noiva, (boa) neta, (boa) sobrinha, (boa) funcionária e (boa) amiga e passar os fins de semana fora do estado trabalhando. Mas minha histeria tanto me oprime quanto exalta o quesito “desafio”.

Odeio sentir que estou fazendo a mesma coisa sempre, e aqui revogo a reclamação da noividade como estado temporário: ser noiva a vida toda deve ser uma boa bosta.

Então me perdoem as ausências ao longo deste ano: estou ocupada em viajar, trabalhar e noivar.

AAH, e me aproximar dos Chuianos, claro!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Hábitos e Metafísica

Todo mundo que me conhece (bem) sabe que o meu lugar à mesa em casa pode ser detectado pelo farelo ao redor do prato. Tenho uma extrema dificuldade de me servir sem deixar que algo seja derramado no caminho. Açúcar no café, leite em pó no nescau, farinha de trigo no bolo...

E quando eu ponho a mão na massa então, nem se fala. Adoro cozinhar, mas toda aventura culinária é bem vinda quando eu tenho tempo e saco de limpar os rastros depois. Ou quando posso delegar a limpeza para os kitchen´s-aliens [quem não liga de limpar, é bem vindo pro jantar!].

O noivo caipira é cheio de "na minha casa isso não vai ser assim, na minha casa isso não vai ser assado", então peço que desenvolva uma câmara de culinária com superfícies aspirantes. Um mega-depurador de resíduos, que vá sugando tudo que eu derramar em mesas, bancadas, fogão e afins...

Um padrinho meu constantemente me defende, alegando que cercear meu direito de sujar a cozinha é tolher minha liberdade criativa, e que isto pode influenciar no sabor e criatividade de meus pratos. Não posso concordar mais.

Não é fantástico quando alguém surge com uma razão metafísica inquestionável para justificar algo que se torna, então, um ex-defeito?

Será que foi uma estratégia de padrinho-wannabe?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Mudando de vizinhança

Eu sempre morei no mesmo lugar.
Nunca me mudei – só temporariamente – conheço só de longe o terror da mudança. E agora me vejo frente a uma mudança que me tira da “casa, comida e roupa lavada” e me torna “casa, comida e roupa lavada”.
Meus amigos de infância moram no meu bairro, que é também onde ficam minha escola, meu ballet, meu inglês, meu salão de beleza a padaria favorita e o shopping querido onde gastei tantas tardes de minha adolescência. Até a minha faculdade fica a 2 km de minha casa.
E agora vem a globalização do meu mundo. Vou migrar. Sairei de um país natal para um território hostil, desconhecidos, cujas relações diplomáticas com o meu são ainda incertas.
Virão novas ruas, novos nomes de prédios, novo salão de beleza, nova padaria, nova escola de dança, e principalmente novos vizinhos.
Vou do Oiapoque ao Chuí.
Felizmente, tenho me familiarizado com a área.
E os “Chuíanos” são um povo hospitaleiro, estão ansiosos por minha chegada. [É sim, isso mesmo – padrinho se escolhe, vizinhos vêm de brinde ]
Tirando o drama, eu sempre busquei novas casas em outros países.
Talvez seja a hora de encontrar o meu lar.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O Bingo dos Padrinhos


Deparamo-nos, nós dois, eu e meu futuro digníssimo com a difícil tarefa de escolher os nossos padrinhos de casamento. Afinal, noivar é escolher.
A casa, os móveis, o marido, a igreja, a religião, o buffet, o padre... E os padrinhos.
É chato como escolher um tio preferido. Como escolher para quem vai a primeira fatia do bolo. E tem pai, mãe, irmão, tio palpitando de todo lado.
“Não escolha padrinho pobre” é o conselho menos válido de todos.
Aloooow, não é um paraninfo, é um padrinhooo.
Se bem que casamento podia ter paraninfo, patrono, e todas aquelas enrolações típicas de comissão de formatura que quer mais dinheiro do que tem.
O meu foi dividido em cotas, mas estou apostando mesmo no paitrocínio completo.
Se fosse pela minha vontade, casava na Concha Acústica e colocava o convite numa rota nobre de outdoor: “Venham todos que de alguma forma desejam felicidade aos noivos”.
E separava as três primeiras fileiras da arquibancada pros padrinhos.
Afinal, são tantos queridos envolvidos com meus preparativos que dá vontade de ser “apadrinhada” por todos eles, e assim homenageá-los.
Voltando ao tema do post (eitaa prolixidade), tivemos uma brilhante idéia.
Já que casamento junino permite (quase) tudo, vamos fazer um almoço com todos os padrinhos “wanna be” e fazer um bingo.
Cartela rosa pras moça, cartela azul pros cabra, e bolinhas girando no globo. Fechou a cartela, BINGOOOOOOOO!!!!
é padrinho!!!
A idéia é linda, me sinto profundamente tentada por ela.
Seria uma boa oportunidade de reunir um monte de gente que eu amo antes do casamento. Mas logo me estimulou a pensar nas formas de manipular o bingo. Dar cartelas com números que não tem no globo pra quem eu chamei por consideração, pôr imãs nas bolas de número das cartelas das melhores amigas...
E repensamos. E decidimos escolher. E apesar de um casório na roça permitir duas dúzias de padrinho, conseguimos a façanha de escolher 4 casais.
Parentes, fora, que já sabem que moram em nossos corações.
Minhas madrinhas, padrinhos dele, pareados por altura.
Esperamos que nossa escolha seja certeira.
Que nossos padrinhos se sintam honrados, que encham nossa casa de alegria com suas visitas e que gostem de comer miojo.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Saindo da barra da saia da mamãe



Definitivamente, minha experiência de noiva confirma o que as casadas já sabem: mãe muda quando a gente anuncia o casamento.

Dizem que quando a gente sai de casa é que viramos a melhor filha do mundo. Felizmente a maioria dos seres humanos tem a grande tendência de se lembrar do que era bom, o passado é bonito, florido, difícil mesmo é viver o presente.

Pais são certamente seres nostálgicos, e adoram lembrar da gente quando era bebê, quando era criança, quando falava errado. E adoram contar a mesma história para as visitas que encontram um porta-retrato no aparador (pode reparar, aparador de mãe com filho criado vira túnel do tempo fotográfico).

Por mais que afirmem, do auge de seu estado psico-analisado “Criei para o mundo, e não para mim”, na hora do vamos ver ninguém quer entregar a filhinha ao implacável mundo cruel de mão beijada.

É um pouco de dor de perda antecipada, como se a gente fosse embora e não fosse voltar mais. E a gente vira bebê de novo, cheio de mimos.

Aí antes de todo mundo comer ela separa seu almoço. Você chega em casa e tá tudo prontinho, arrumadinho, lanche diferenciado na mesa, suquinho de caixinha “e uma maça para comer no meio da manhã”. E viro diminutivo: a filhinha bonitinha queridinha.

Não fico cansada, fico cansadinha, com fomezinha, doentinha...
Adoooro. Adoro mimos e atenções.

Ninguém me convence de que há alguém que não adore isso, mesmo que empurre a mãe quando ela dá aquele abraço apertado ou aquele beijo babado do nada, no meio da cozinha:

“Saaaai mãe. Páara.” (só pra não perder o hábito mesmo).

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Noiva sim, mas só até o casamento!!!

Eu tenho gastado tantas e tantas horas de meu dia em ser noiva, que eu precisava dividir isso com alguém. Eu estou investindo minhas energias num estado extremamente transitório da minha vida: ser noiva.

Sempre anunciei em trombones que noivado para mim é simplesmente um estágio pré-casamento. Não acredito em noivados de 3,4,5,6 anos. Isso pra mim se chama [enrolação] compromisso.

Quem namora é namorado, noivos são pessoas que estão fazendo os arranjos para o casamento (embora, obviamente muita gente noive para diversos outros fins, pessoas essas de quem sinto dó...)

Noiva é como grávida. Você não é, voce está.
E vai deixar de estar em breve (se for inteligente).

E assim como estar grávida exige uma postura de pró-atividade constante, porque demanda atenção constante e cansa. Sou a favor de um projeto de lei que dê, inclusive, licença-noividade. São muitas coisas para ver, analisar, selecionar, experimentar... quase não sobra tempo para ser outra coisa!!!

E são muitas as situações semelhantes entre noivas e grávidas também (olha as que pude identificar):
"Estou com sono demaaais" (gastei minha noite imaginando meu casamento)
"Minhas roupas não dão mais em mim" (minha ansiedade é um par de vermes famintos)
"Minha bolsa estourou!!!"(lá se vão minhas economias!!!)

Casamento é como um bebê: toma tempo, toma dinheiro, estressa, mas certamente deve nos fazer muito feliz. As vezes me sinto como uma mãe: culpada em não dar atenção suficiente a meus preparativos. As vezes sinto que estou me desgastando demais com isso. As vezes fico muito feliz de cuidar de cada mínimo detalhe do processo.

E como saber se estou fazendo as escolhas certas? Como qualquer coisa na vida: experimentando!

Então tenho me ocupado de ser. O que é bastante divertido. Adoro me ocupar de minhas metas, principalmente quando elas têm sucesso em curto prazo. Fato é que assumo assim que noiva não é um ser, mas um adjetivo que determina transitoriedade. Sendo assim, não deveria diz "estou noiva" ao invés de "sou noiva"?