
Eu comecei a catequizar o noivo caipira há umas duas semanas para assistirmos mais filmes e programas sobre casamento e vida de casais. O primeiro foi uma sábia escolha: Noivas Neuróticas, se não me engano, do People and Arts.
Ele, que me acha ansiosa, e as vezes nervosa, aprendeu bem o que é uma noiva estressada. Aliás, psicopata, porque o casting daquele reality com certeza foi feito com pacientes usuárias de tarja preta.
Eu posso estar enganada, mas quanto mais velha a gente casa, menos neurótica a gente deve ficar com o casamento. O que mais me estressa na vida são consequências de escolhas com as quais não estou acostumada a lidar, pras quais não tenho maturidade. AINDA. Por que acredito que é enfrentando como se tivéssemos escolhido aquilo que torna a lição mais suave, o caminho menos difícil.
Sempre que penso no casamento, penso na infinidade de coisas que tenho que escolher e que não havia imaginado. Não conseguiria me imaginar casando aos 18 anos. Talvez por ser filha de uma família amorosa, de um lar acolhedor, por não ter por que fugir do ninho, acho casar um tantão de coisas, uma enxurrada de escolhas que as vezes parecem se atropelar, de tantas que são.
Dá vontade de criar vias e semáforos em minha cabeça: essa idéia pára, que a outra vai cruzar a pista. Ai meu deus, lá vem o trem!! Pera, peraaa, não atravessa com sinal fechado nãaaaao, ainda não acabei de pensar naquilo!!!
Ainda me acho, as vezes, nova para lidar com tantas decisões, com tanta mudança.
Mas a verdade é que elas me deliciam. O casamento é o desafio que faltava em minha histérica existência.
A super-mulher está sendo posta à prova.
Enquanto um super-homem puder me entender e me amparar está tudo certo.